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Circuncisão diminui em 15% as chances de câncer de próstata

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DO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN

De acordo com pesquisa publicada pela revista científica Cancer, da Sociedade Americana de Câncer, homens circuncidados teriam 15% menos chances de desenvolver câncer de próstata. O estudo foi realizado com 3400 homens, dos quais metade tinha a doença.

A retirada do prepúcio (pele que cobre a glande do pênis) evita a produção de esmegma - sebo que se forma ao redor da glande- desta forma evita o câncer de colo de útero e, mais recentemente, descobriu-se que evita também o câncer de próstata.

A circuncisão ou a postectomia é a retirada cirúrgica do prepúcio, a pele que recobre a glande. Em adultos, o procedimento é realizado com anestesia local e posteriormente feita a sutura (são dados alguns pontos, que não precisam ser retirados).

A circuncisão é feita por vários motivos. Talvez o mais conhecido seja a circuncisão ritual que consiste no batismo do menino judeu, que é chamado de brit-milá. Na religião muçulmana, também se faz a circuncisão religiosa.

Ela também é indicada em casos de fimose (quando a extremidade do prepúcio se estreita impedindo com que a glande seja exposta) ou por infecções recorrentes na região da glande e do prepúcio. Além disso, a retirada do prepúcio facilita a higiene do pênis, permitindo sua maior proteção.

De acordo com o urologista do Einstein, Dr. Sidney Glina, pela facilidade da higiene e por fazer com que a glande exposta sofra um processo de queratinização, a circuncisão ajuda a proteger o homem de DST’s como a infecção por HPV.

O urologista lembra ainda que, recentemente, na África, constatou-se que homens circuncidados teriam uma redução significativa no risco de adquirir o vírus HIV. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde está fazendo uma grande campanha naquele continente para circuncidar milhões de homens com o objetivo de reduzir a transmissão da aids. “Esta proteção dá-se porque o vírus antes de penetrar na circulação sanguínea adere nas camadas do prepúcio”, explica o doutor.

Também é sabido que a circuncisão realizada até os quatro anos de idade diminui muito o risco de se adquirir câncer de pênis, situação que ocorre bastante em locais de população de baixa renda, como no Norte do Brasil.

Para Sidney Glina, a melhor explicação para os dados recentes de que homens circuncidados teriam 15% menos chances de câncer de próstata do que os não circuncidados, é a de que alguns tipos de câncer de próstata têm origem viral e a retirada do prepúcio dificultaria a transmissão deste vírus.

Apesar disso, não há uma indicação médica para se fazer a circuncisão caso não exista fimose ou infecções de repetição, assim como para o indivíduo que consegue fazer uma boa higiene. “A não ser nos locais onde existam doenças endêmicas como a aids, como na África, ou o câncer de pênis, no Maranhão”, alerta o médico.

Sobre o mito de que a circuncisão causaria a perda do prazer sexual e a disfunção erétil, Sidney Glina declara: “É uma grande mentira, pois aparentemente não existem diferenças nas performances sexuais de homens circuncidados ou não. Recentemente, foi publicado um trabalho que mostrou que o tempo que um homem ejacula independe da presença ou não do prepúcio”, conclui o médico.


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